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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os sentimentos"são guias essenciais"






Os sentimentos "são guias essenciais" que nos levam a uma compreensão mais profunda de nós mesmos. Se não sabemos o que sentimos, não sabemos quem somos. Como pessoas, nós somos sentimentos e desencadeamos sentimentos. Mas, o que fazemos com o que sentimos?

No senso comum, o CORAÇÃO é considerado a SEDE DAS EMOÇÕES. Mas, para a ciência, a SEDE DAS EMOÇÕES é o CÉREBRO. Mais precisamente o sistema límbico...

Em se tratando de sentimentos, precisamos considerar as duas mentes/cérebros: emocional (sistema límbico) e racional (neocórtex). O segredo de uma vida saudável é permitir o equilíbrio das duas mentes: a emocional e a racional. Nesta direção é muito importante saber canalizar as emoções. A canalização das emoções é indispensável para que o processo de amadurecimento afetivo possa se desenvolver com harmonia interior. A espontaneidade na expressão da emotividade é também necessária para essa maturidade. Orientar as emoções não é eliminá-las, mas tomar consciência delas e procurar situá-las no conjunto da vida pessoal, canalizando sua energia na direção do projeto concreto de humanização.

Um controle das emoções só é pedagogicamente válido quando a pessoa tem consciência da própria emotividade, aceita as emoções como uma realidade própria, percebendo seus aspectos positivos e negativos, e procura viver com coerência e autenticidade o projeto pessoal de vida com suas decorrentes opções fundamentais.

A ausência da canalização das emoções faz com que a pessoa fique desorientada, facilmente prisioneira da emoção do momento, da opinião dos outros, insegura, sem consistência interior. A orientação é necessária precisamente para que possa desabrochar a riqueza da pessoa como um todo. É neste ponto que surgem os sentimentos propriamente ditos. Na passagem das emoções para a razão. As emoções se permitem ser sentidas pela razão e a razão se permite sentir as emoções. O ser humano é um ser racional-emocional. Portanto, os sentimentos são a nossa energia vital.

O sentimento é uma reação ou resposta interna, espontânea e típica do indivíduo a uma situação dada. É uma reação interna; isto é, tem lugar dentro do indivíduo. É uma reação espontânea e imediata: brota do fundo emocional automaticamente, não em virtude de uma reflexão. Os sentimentos são fundamentais para se entender os mecanismos interiores de uma pessoa e sua personalidade. É uma reação típica de cada um, tão típica e exclusiva que o sentimento revela a personalidade muito mais que qualquer outro recurso ou procedimento. "... nossos sentimentos são como nossas impressões digitais, como a cor dos nossos olhos e o som da nossa voz, únicos e irreproduzíveis" (John Powel).

O sentimento revela o teu fundo emocional muito melhor que mil palavras. Mais ainda: estas podem mentir, os sentimentos nunca mentem. Palavras e pensamentos podem ser subornados, os sentimentos nunca. Daí a importância de escutar os sentimentos. Normalmente passamos dos sentimentos para a ação sem nos determos neles, sem tomar consciência deles nem tratar de avaliá-los. Como conseqüência, em vez de dominarmos os sentimentos, somos dominados por eles.
Os sentimentos não são nem bons nem maus. São forças ao serviço da pessoa. Bem utilizadas, a farão cada vez mais livre; mal utilizadas ou simplesmente, não utilizada, a escravizará cada dia mais. Neste sentido a função dos sentimentos é impulsionar a pessoa para a ação. Efetivamente, sem os sentimentos, a ação humana aparece como vazia, pobre, ineficaz, fria... Os sentimentos nos põem na relação com os outros. Sem os sentimentos, o ser humano é incapaz de trabalhar bem. O que efetivamente faz com que o ser humano "se empenhe na tarefa de si mesmo é uma emotividade saudável, positiva e prazerosa".

Os nossos sentimentos têm a capacidade de resumir o que experimentamos e nos dizer "se o que estamos experimentando é agradável ou doloroso". À medida que vamos descobrindo e compreendendo nossos sentimentos aumentamos nosso potencial de vida. Para tanto é preciso muita honestidade com o que sentimos. Viscott afirma que "quanto mais sinceros nos tornamos, mais energia teremos para nos haver com os problemas aos quais temos que fazer face".

O ideal para se manejar os sentimentos, e através deles toda a nossa vida, é dar os seguintes passos:

Identificar e acolher: Se não identifico e não acolho os meus sentimentos, não posso controlá-los; eles me controlarão. Se estou mal humorado, e não identifico e admito, acabarei dando respostas bruscas e injustas. Quem não identifica e acolhe os seus sentimentos se condena a reforçá-los, correndo o risco de ser dominado por eles.
Avaliar: É o aspecto da advertência. O sentimento é como um hóspede intruso. Precisamente por passar inadvertido, tem a liberdade para movimentar-se a seu desejo e fazer o que quiser. Pode causar muito dano. Mas uma vez reconhecido como hóspede, sua liberdade de movimento fica restringida. Com a advertência e avaliação vem o controle dos sentimentos.

Compartilhar: quem reconhece seus sentimentos e pode compartilhá-los é quem se aceita com seus sentimentos, se ama como é e é capaz de deixar-se ver como é. Mais precisamente deixando-se ver como é, será amado como é; e ele mesmo, sentindo-se como é, terá esse novo estímulo, maravilhoso, para aceitar-se a si mesmo. Compartilhar é, pois, a condição do verdadeiro crescimento pessoal. Reprimir ou guardar um sentimento, por medo de ser rejeitado, é cair no infantilismo da vida não permitindo-se o direito de crescer.
"A luz que você está procurando é interior.
A luz é vida, é amor, é você.
Ache-a, nutra-a, partilhe-a.
Procurá-la é participar do infinito". (David Viscott)

Identifique e acolha sem medo os seus sentimentos. Avalie-os e compartilhe com alguém de sua confiança. Sua vida será muito mais saudável... Com carinho e ternura!

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